publicado dia 24/01/2017
24/01/2017|
Por Ana Luísa Vieira
Hoje, 24 de janeiro de 2017, é mais um dia triste para a comunidade de conselheiros tutelares e ex-conselheiros tutelares. Um companheiro que atuava em Ouro Verde, município de pouco mais de 2 mil habitantes no Oeste de Santa Catarina, foi morto a tiros em sua casa, localizada em Anta Gordinha.
Segundo reportagem do site G1, um vizinho acionou a Polícia Civil ao ouvir dois disparos. A despeito das diligências e das linhas de investigação, ainda não foi descoberta a causa do crime.
É o segundo assassinato de um conselheiro tutelar neste mês de janeiro de 2017. No dia 11, Rondineli Maracaipe foi morto a tiros enquanto realizava atendimento em Itupiranga (PA).
Ambos os crimes expõem a grave vulnerabilidade e os grandes riscos enfrentados por conselheiros tutelares no Brasil.
Em minha opinião, a Polícia Civil de Santa Catarina precisa esclarecer se a morte do conselheiro tutelar está ligada a ação conselheira ou é mais um ato da violência que ronda o povo, e que extermina todos os dias milhares de brasileiros.
Ao mesmo tempo, precisaremos pensar formas coletivas e ações integradas para proteção dos 30 mil conselheiros tutelares que estão em atividade nos 26 estados e o Distrito Federal.
Basta! Não podemos aceitar mais violências com os zeladores dos direitos de crianças e adolescentes. A cada ato de violência, é um pedaço de nós que se vai, ceifando vidas, nossa esperança. Mais uma vez, devemos transformar o luto em luta.