publicado dia 02/01/2019

Quatro formas de a escola ampliar sua compreensão sobre o trabalho infantil

por Débora Garofalo

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02/01/2019|

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Infelizmente ainda temos de avançar muito quando o assunto é o combate ao trabalho infantil! A primeira mudança está em nós, professores, em perceber o quanto o problema é sério e grave, principalmente quando envolve crianças em risco de vida e acidentes, além daquelas que estão em condições análogas à de escravidão, na exploração sexual ou pornográfica. Por isso é importante fomentar a educação de direitos humanos na escola.

O Estatuto da Criança e do Adolescente apresenta em seu artigo 7º que a “criança e o adolescente têm direito a proteção, vida e a saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitem o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência”.

Dentro deste cenário, a escola exerce um papel fundamental, pois é um elo com a sociedade, capaz de fundamentar bases para sensibilização do tema e combate por meio de ações de envolvimento e pertencimento. Abaixo elencamos algumas sugestões de materiais que podem ser utilizados para aprofundar vivências em sala de aula.

1 – Diálogos

É importante a escola se abrir para o diálogo, que pode ocorrer em formato de palestras e rodas de conversa aos pais, familiares, funcionários, gestão, professores e alunos, junto ao Ministério do Trabalho de sua região.

As conversas também podem ocorrer em parcerias com o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) ou do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS). As parcerias com estas instituições são fundamentais ao processo de sensibilização e combate.

2 – Guia para Educadores

O programa Internacional para Eliminação do Trabalho Infantil, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), desenvolveu um guia para educadores, combatendo o trabalho infantil, disponível aqui. O guia aborda um panorama sobre o trabalho infantil no Brasil, além de trazer dicas e materiais para trabalhar em sala de aula. Outros materiais também estão disponíveis como cartilhas e livros.

3  -Recursos Audiovisuais

Utilizar filmes é um importante recurso para debater essa temática em sala de aula, além de ser um potencial para o desenvolvimento crítico, já que permite uma vivência na temática. Entre as possibilidades, destaco:

+ 10 Centavos

Curta-metragem disponível no Porta Curtas, sobre o cotidiano de um menino que trabalha como guardador de carros no centro histórico de Salvador.

+ Carreto

Curta-metragem também disponível no Porta Curtas, sobre a amizade entre um menino que trabalha como carreto, usando um carrinho de pedreiro.

João Pé de Carvão

É um filme de animação temático de realização coletiva feita por jovens e crianças de Brasília. Fala da exploração do trabalho infantil nas carvoarias e suas relações sociais.

Não é brinquedo

O curta é realizado a partir de relatos de especialistas. O documentário também levanta outra discussão: o trabalho na agricultura familiar, que responde por metade dos casos na faixa etária dos 10 aos 13 anos. Sejam quais forem suas conclusões, uma é incontestável: trabalho infantil não é brinquedo.

+ Crianças Invisíveis Bilú e João

O curta retrata a dura realidade que vivem algumas crianças do mundo de hoje. Realidade que não está tão distante do nosso cotidiano e que nem é privilégio de um ou de outro país. Talvez seja exatamente isso o que mais sensibiliza e chama a atenção de quem assiste ao filme.

4 – Sites para pesquisa

Abaixo deixamos alguns sites, onde é possível se aprofundar mais sobre o assunto, conhecer histórias inspiradoras e buscar recursos nas redes de proteção:

Chega de Trabalho Infantil Rede Peteca

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS –  PETI

FNPETI – Fórum Nacional de Prevenção  e Erradicação do Trabalho Infantil

Programa de Combate ao Trabalho Infantil da Justiça do Trabalho

Organização Internacional do Trabalho

E você querido (a) professor (a), possui alguma indicação de como trabalhar com a temática de combate ao trabalho infantil? Conte aqui nos comentários e ajude a fomentar práticas docentes.

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