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Trabalho infantil no Acre

Na unidade federativa do Acre havia, em 2019, 12.259 crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade em situação de trabalho infantil. Dado que a população estimada na faixa etária de 5 a 17 anos no estado era de 203.863 no mesmo ano, o universo de crianças e adolescentes trabalhadores equivalia a 6,0% do total de crianças e adolescentes do estado, acima da média nacional que era de 4,8% do total. As crianças e adolescentes trabalhadoras no Acre dedicaram 13,6 horas de seu tempo em atividades laborais em 2019.

Em relação ao trabalho infantil no Estado, 34,9% das crianças e adolescentes de 5 a 17 anos exerciam alguma das piores formas de trabalho infantil nos termos da lista TIP, percentual equivalente a 4.275 crianças e adolescentes. Por sua vez, do total de adolescentes de 14 a 17 anos ocupados, 100,0% (ou 7.409) eram informais.

O universo de crianças e adolescentes trabalhadores era composto por 8.012 meninos e 4.247 meninas, o que equivalia a 65,4% e 34,6% do total de ocupados, respectivamente. Em relação à idade, 9,4% do total de crianças e adolescentes trabalhadores tinham entre 5 e 9 anos de idade (1.158), 30,1% tinham entre 10 e 13 anos (3.692), 30,1% entre 14 e 15 anos (3.695) e 30,3% entre 16 e 17 anos de idade (3.715). Do total de crianças e adolescentes trabalhadores, 14,9% eram não negros (1.822) e 85,1% negros (10.436), ao passo que 84,7% das crianças e adolescentes ocupados residiam em zonas rurais (10.378) e 15,3% (ou 1.880) em áreas urbanas.

No exercício de trabalho, as crianças e adolescentes acreanos eram, majoritariamente, ‘operadores de máquinas para elaborar alimentos e produtos afins’, ocupação que abrigava 18,6% (ou 2.280) das crianças e adolescentes trabalhadores; ‘trabalhadores elementares da pecuária’ (510 ou 4,2%; e ‘agricultores e trabalhadores qualificados em atividades da agricultura (exclusive hortas, viveiros e jardins)’ (447 ou 3,6%). As principais atividades exercidas pelas crianças e adolescentes trabalhadoras no estado eram a de ‘moagem, fabricação de produtos amiláceos e de alimentos para animais’ (2.280 ou 18,6%), seguida por ‘criação de bovinos’ (691 ou 5,6%) e ‘comércio de produtos alimentícios, bebidas e fumo’ (508 ou 4,1%).

Fonte: Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil

Riscos de acidentes e violências

Os profissionais da rede de proteção da região confirmam a alta incidência do comércio de doces e objetos, principalmente nas ruas. O comércio ambulante expõe crianças a violência e ao assédio sexual, dentre outros riscos. No interior, os profissionais confirmam o trabalho como operadores de máquina para elaborar alimentos, sendo a maioria na fabricação de mandioca em casas de farinha. Além do esforço físico, os jovens ficam expostos a acidentes com instrumentos cortantes e a altas temperaturas.

Fonte: Criança Livre de Trabalho Infantil

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