10/02/2017|
Por Bruna Ribeiro
Crianças, adolescentes, educadores e procuradores do Trabalho de todo o país reunidos por um único ideal: o combate ao trabalho infantil. O encontro ocorreu na cerimônia de entrega do Prêmio MPT na Escola 2016, na quinta-feira (9), na Sede da Procuradoria Geral do Trabalho, em Brasília (DF).
Música, pintura, teatro: Confira os vencedores em cada categoria
Criado em 2009 pelo Ministério Público do Trabalho no Ceará, o Prêmio Peteca, como também é conhecido, seleciona e premia os melhores trabalhos literários, artísticos e culturais sobre trabalho infantil realizados por alunos de escolas públicas que participam do projeto.
Em 2015, foi realizada a primeira edição nacional, com o nome de Prêmio MPT na Escola. A inciativa incentiva comunidades, educadores, alunos e instituições a debaterem em sala de aula as causas e consequências do trabalho infantil. Como produto final, os estudantes inscrevem contos, curtas-metragens, esquetes teatrais, músicas, pinturas e poesias.
Os cinco primeiros colocados em cada uma das seis categorias são premiados, e o vencedor de cada uma delas recebe a quantia de R$ 12 mil. No total, a edição de 2016 distribuiu R$ 214 mil para 190 alunos e professores membros dos times mais bem classificados.
Nós só podemos descansar no dia em que tivermos absoluta certeza de que nossas crianças estão na escola, com suas famílias e brincando”
Ronaldo Curado Fleury, Procurador-geral do Trabalho
Os vencedores da disputa durante o ano de 2016 foram convidados a participar da solenidade na capital federal. “Essas pessoas representam um grande grupo espalhado pelo país. Já é um exército que caminha transformando vidas”, diz Antonio de Oliveira Lima, procurador do Trabalho do MPT no Ceará.
Durante o ano, técnicos das secretarias de educação, diretores escolares, coordenadores pedagógicos e professores recebem formação a respeito do trabalho infantil e do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente.
Sempre acompanhados pelo Ministério Público do Trabalho, os educadores desenvolvem projetos com alunos. O resultado é o brilho nos olhos das crianças e dos adolescentes presentes no evento em Brasília.
Na composição da mesa, estavam Katia Arruda, ministra do Tribunal Superior do Trabalho, Valesca de Marais do Monte, coordenadora nacional da Coordinfância (Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente), Antonio de Oliveira Lima, gerente nacional do projeto Resgate a Infância e Isa de Oliveira, secretária executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI).
“Nós só podemos descansar no dia em que tivermos absoluta certeza de que nossas crianças estão na escola, com suas famílias e brincando”, disse o procurador-geral do Trabalho Ronaldo Curado Fleury.
Além de Fleury, cada integrante falou às crianças e aos adolescentes, que aguardavam o momento de serem chamados na plateia, ao lado de educadores e responsáveis. Após receberem os prêmios, os alunos Amadeu Igor Lopes da Silva e Emanoel Rodrigo de Sousa Santos, de Redenção (CE), apresentaram o rap “Trabalho Precoce”. Edilânea Costa Monteiro, de Quixeré (CE), recitou a poesia “Trabalho não é para Criança.” Confira a trajetória de cada vencedor da etapa nacional do Prêmio MPT na Escola.