Projeto no Rio Grande do Norte conscientiza crianças sobre trabalho infantil

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09/12/2016|

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Na intenção de contribuir para a erradicação do trabalho infantil, alunos do curso de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte criaram o Núcleo de Estudos sobre Trabalho Infantil (NETIN), com a coordenação dos professores Zéu Palmeira e Fabiana Mota.

Com cerca de 20 participantes, o grupo realizou a primeira ação em 2016, no assentamento Mata Verde, na cidade potiguar de Espírito Santo. Por meio de dinâmicas, brincadeiras e músicas, o NETIN conversou com pais e crianças sobre trabalho infantil.

Imagem mostra alunos de Dureuti da UFRN e crianças que participam do projeto

Integrantes do Núcleo de Estudos sobre Trabalho Infantil durante ação no RN  / Crédito: Netin

A professora Fabiana Mota considera importante disseminar o diálogo que propaga a cultura de valorização da educação das crianças e adolescentes, de forma a desestimular a evasão escolar e o trabalho de crianças e adolescentes.

“A ideia é estudar e pesquisar o tema como um fenômeno interdisciplinar. Ou seja, como um problema que gravita na área jurídica, mas também em demais campos do conhecimento”, sugere Fabiana.

Segundo ela, as obras de Paulo Freire sobre o enfrentamento dos problemas que oprimem socialmente o homem foram uma grande inspiração para a iniciativa. “Também refletimos muito sobre as ideias de Michel Thiollent, que se baseiam na iniciativa da pesquisa como pretexto para a transformação social”.

Formação do Netin

A partir destas referências, o professor Zéu Palmeira explica que o NETIN se divide em três vertentes: a pesquisa, a extensão e o ensino. Nas comunidades onde realiza as pesquisas, o grupo promove também atividades cultuais e de educação jurídica, auxiliando os parceiros na atuação contra o trabalho infantil, envolvendo profissionais de diversas áreas, a exemplo de médicos, advogados, dentistas, psicólogos, assim como a Pastoral da Saúde, da Secretaria Estadual de Reforma Agrária, INSS e INCRA.

Além das ações em campo, Zéu diz que o grupo pretende realizar uma publicação periódica, relatando as experiências de contato com as comunidades e as conclusões das pesquisas e estudos, por meio de artigos. “Nossa próxima ação será realizada na Comunidade Quilombola Aroeiras, situada no Município de Pedro Anelino – RN, ainda durante o mês de dezembro de 2016”.

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