19/12/2017|
Por Redação
O que geralmente ocorre nas discussões sobre direitos humanos de crianças e adolescentes é exatamente o inverso do que deveria acontecer. A “adultocentralização” e a falta de inclusão dos adolescentes nos espaços de direitos tornam essa luta não tão completa.
O direito à participação é a mãe de quase todos os outros direitos. Por exemplo, não existe direito à educação sem que haja a participação do aluno. O mesmo ocorre em relação à saúde, ao esporte e até mesmo ao direito de ser adolescente.
Quando se pensa em criminalizar ou até mesmo ridicularizar os movimentos feitos por adolescentes, além do direito a participar, é a democracia que está sendo jogada no lixo, pois é exatamente isso que falta, a democratização dos espaços para os adolescentes. Nós precisamos saber que esses espaços existem e, principalmente, neles dizer quais são nossas necessidades!
Quando um adolescente participa, o mundo participa junto, fazendo com que o discurso barato de que “adolescente é o futuro” caia! Precisamos ser tratados como prioridades no presente, expressar nossas ideias, pensamentos e realidades, representadas por nós mesmos, e não pelas vozes de adultos que nunca chegam a nossos ouvidos.
Nós queremos viver em uma sociedade em que não tenhamos que agir ou falar como adultos para começarmos a ser ouvidos. Não importa se vamos falar certo ou errado, só queremos que nos ouçam, tá ligado?!
Não falem de mim sem mim. Falem de nós, conosco”.
Felipe Caetano