publicado dia 16/02/2018
Redes sociais como aliadas no combate ao trabalho infantil
por Débora Garofalo
publicado dia 16/02/2018
por Débora Garofalo
16/02/2018|
Por Redação
Estamos diante de novas maneiras de conceber a aprendizagem, repensando a educação e seu ambiente, com uso de ferramentas digitais e a inclusão de vários debates – entre eles, a educação em direitos humanos.
O tema ainda traz muitas polêmicas. Lembramos aqui o ocorrido na aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que estabelecia como objetos de conhecimento o corpo, o gênero e a sexualidade. Durante as rodadas de discussão, a temática foi alterada para princípios e valores éticos, tendo como habilidade “reconhecer a coexistência como uma atitude ética de respeito à vida e à dignidade humana”.
A BNCC servirá de base às unidades escolares de todo o Brasil. Mas faz-se urgente o avanço nos diálogos sobre a inclusão da educação em direitos humanos.
É preciso incorporar a temática dos direitos humanos em sala de aula. Um tema tão amplo pode ganhar muitos recortes.
E, na coluna deste mês aqui na Rede Peteca, escolhi conversar com vocês sobre como as redes sociais são importantes aliadas no combate ao trabalho infantil.
O trabalho infantil é um problema de relevância social que requer soluções urgentes.
Erradicá-lo é preservar a infância, possibilitando o pleno acesso a seus direito básicos e fundamentais de brincar, estudar e crescer. É preciso, também, preservar seu desenvolvimento físico e emocional: meninos e meninas devem ingressar no mercado de trabalho na idade correta. Respeitar e incentivar a Lei do Aprendiz (preparação profissional adequada ao adolescente a partir de 14 anos, que não prejudica o desenvolvimento na escola e na socialização) é fundamental.
Durante sua formação, a criança sofre influências internas e externas que promovem transformações e descobertas responsáveis pela construção de autonomia e diálogo com o mundo. Por isso, é indispensável respeitar o espaço e o tempo de cada fase e idade.
A escola exerce um papel fundamental neste processo, pois também estreita os laços com a comunidade.
As redes sociais são compostas por pessoas e/ou organizações conectadas por um ou vários tipos de relações, compartilhando valores e objetivos comuns. Por isso é fundamental integrá-la à aprendizagem a fim de fortalecer uma educação integral pautada pela humanização e pelo diálogo.
Enriqueça as aulas com vídeos e textos sobre trabalho infantil. Converse sobre o programa jovem aprendiz, realize rodas de conversas e debates. Escolha uma rede social para trabalhar: pode ser o Twitter, o Instagram (por meio de fotos, animações), o Facebook.
Ofereça e compartilhe materiais multimídia. Podem ser notícias de jornais, revistas, vídeos, músicas, trechos de textos, assuntos que foram trabalhados em sala de aula e que enriqueçam os debates.
Peça a opinião dos alunos, pois assim você estará auxiliando a promover o senso crítico, fomentando a se manifestarem, ampliando o repertório e o conhecimento de mundo, além de trabalhar a questão da leitura e escrita em situação real de uso.
Que tal desenvolver e produzir textos argumentativos com os alunos, trabalhando de forma natural o desenvolvimento de ideias de um jeito direto e objetivo. Beneficiando a leitura e a escrita, ao brincar com as formas narrativas e textos argumentativos e de opinião, trazendo o leitor para participar, compreender e compartilhar boas práticas.
Criar campanhas auxilia os estudantes a exercitar sua opinião, fortalecer valores e atuar sobre problemáticas. Proponha assuntos relacionados à temática do trabalho infantil prevendo um roteiro que contemple: projetos, como evitar, maneiras de combater e como denunciar.
E vocês queridos professores e gestores da educação? Como estão abordando essa temática em suas escolas? Conte aqui, nos comentários! Compartilhem boas práticas, fortalecendo o trabalho docente.