publicado dia 29/08/2018
O papel do professor na educação em direitos humanos
por Débora Garofalo
publicado dia 29/08/2018
por Débora Garofalo
29/08/2018|
Por Admin Aprendiz
Semana passada, estive em um estabelecimento comercial e me deparei com duas senhoras conversando sobre política – o tema era direitos humanos. Na conversa elas apoiavam um candidato que coloca a culpa da segurança pública nos direitos humanos e continuavam: “Eu não sei para que serve os direitos humanos”, “acho que tem que acabar mesmo. E, se o candidato está falando, é porque deve ser verdade mesmo”.
Essa conversa me remeteu a uma série de indagações e a lembrar que a escola exerce um papel fundamental e essencial na sociedade. Ela me levou também a esclarecer que os direitos humanos são todos os direitos relacionados à garantia de uma vida digna a todas as pessoas. Assim, são todos os direitos e liberdades básicos, considerados fundamentais para a dignidade, garantidos a todos os cidadãos de qualquer parte do mundo e sem qualquer tipo de discriminação como cor, religião, nacionalidade, gênero, orientação sexual e política.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), os direitos humanos são garantias de proteção das pessoas contra as ações ou a falta de ações dos governos que possam colocar em risco a dignidade humana, tendo como direitos básicos: o direito à vida, à liberdade de expressão de opinião, à religião, à saúde, à educação e ao trabalho.
Com a aprovação da Base Nacional Comum Curricular, mais do que ensinar um currículo, as escolas têm de oferecer formação pautada nos direitos humanos, em competências socioemocionais e na empatia. O papel do professor é de mediar, incentivar a criatividade, acolher e tratar diferenças, oferecendo um ambiente propício para debater as questões relacionadas aos direitos humanos. É também de formar cidadãos conscientes, completos, autônomos. E não é uma tarefa fácil!
O primeiro olhar do professor deve ser sempre para o desenvolvimento da criança e do jovem, respeitando a individualidade e as características próprias de cada um, com aspectos integrados que necessitam de incentivo para se desenvolverem. Dentro desse cenário, os estudantes devem ser livres para explorar e realizar descobertas, existindo uma relação dialógica.
Abaixo, deixo algumas sugestões que permitem que os alunos se envolvam e possam participar ativamente da construção do conhecimento, desenvolvendo criticidade e um olhar integral para a educação em direitos humanos.
Debates: Rodas de conversa, filmes, vídeos, livros e estudos de casos são excelentes exemplos para explorar o debate, deixando os estudantes livres para explorar e abordar o tema, envolvendo-se e lidando com opiniões diferentes.
Oficinas: São oportunidades de fazer os alunos vivenciarem alguma situação, como, por exemplo, o trabalho infantil, e a partir disso deixar os estudantes livres para criar situações de combate ao tema.
Recursos tecnológicos: Ferramentas digitais são um poderoso instrumento para desenvolver criticidade, interatividade, colaboração e formar opiniões. Um bom exemplo disso são ferramentas de mapas mentais gratuitas, como:
Ree Plane – um programa simples, compatível com Windows e Linux;
Coggle – um software online que permite que mais de uma pessoa trabalhe com o mesmo mapa mental.
Em todas as atividades propostas, o professor é o parceiro disposto auxiliar no que for necessário, orientando e conduzindo os estudantes para a autoria. E você, querido professor, como media a educação em direitos humanos em sua sala de aula? Conte aqui nos comentários, e ajude a fomentar práticas docentes.
Um abraço.
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