O trabalho infantil na atualidade tem relação com o racismo estrutural presente em nossa sociedade. A escravização negra no Brasil durou mais de 350 anos e as crianças foram exploradas como mão de obra doméstica e rural, impactando a garantia de direitos dessa população até hoje. Soma-se a isso, a ausência de medidas eficazes de reparação e políticas públicas capazes de transformar essa realidade.
Os números de exclusão escolar no Brasil comprovam o impacto do racismo na violação de direitos de crianças e adolescentes. O trabalho infantil afeta diretamente as aprendizagens desses jovens e compromete a continuidade na escola. Uma educação que não acolhe, não dialoga e não é capaz de desenvolver as individualidades de forma integral faz com que essas pessoas sejam obrigadas a abandonar a escola.
No Brasil, mata-se e morre-se muito. A violência por aqui é uma das maiores do mundo, causando grandes prejuízos sociais. Ao olhar os dados com mais atenção, no entanto, é possível verificar as evidências do racismo estrutural no país: os assassinatos de pessoas pretas ou pardas. A ausência de políticas públicas garantidora de direitos reflete no extermínio sistemático de vidas negras.