publicado dia 02/06/2017

Como levar o debate sobre trabalho infantil para as escolas?

por Propercio Rezende

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02/06/2017|

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Trabalho Infantil: o que a escola pode fazer?

Você, leitor, já parou pra pensar na questão acima? Como educador, como pai, mãe ou responsável, como membro de uma comunidade, ou como estudante, como responderia a questão?

Por enquanto, vamos responder apenas: muito!

A escola, certamente, pode fazer muito no combate ao trabalho infantil, beneficiando estudantes, famílias e comunidade. E é sobre isso que conversaremos, a partir de agora, em nossa coluna quinzenal.

A coluna é nossa, no sentido exato da palavra: queremos que você seja um participante ativo e se sinta co-construtor deste projeto.

Participe por meio da Rede Peteca – Chega de Trabalho Infantil, em nossa página no Facebook, ou pelo e-mail ([email protected]). Comentando, criticando, compartilhando os textos, vamos, juntos, como gosto de dizer: conversar por escrito sobre trabalho infantil e escola!

Pra começo de conversa, eu gostaria de elencar uma série de ações que a escola pode fazer. Professores podem abordar o tema do trabalho infantil em sala de aula, por meio de textos, filmes, reportagens… Podem incentivar os estudos, pesquisas e debates sobre o tema. Promover exposições, gincanas, apresentações culturais e artísticas. Podem convidar as famílias e a população para visitarem todas estas ações e conversar sobre o tema. Mas não é só isso!

Se a escola se envolver como um todo, vários professores, de várias disciplinas, podem abordar a questão do trabalho infantil, digamos “puxando a brasa para a sua sardinha”, como diz o ditado. Professores das matérias exatas podem falar sobre dados relacionados ao trabalho infantil, sobre estatísticas, pesquisas…

Professores de línguas podem solicitar pesquisas sobre este fenômeno em outros países. Os educadores que trabalham com linguagem, podem trabalhar com reportagens, como já dissemos. Os professores de história, tratar da evolução do trabalho ao longo do tempo, e quem sabe os professores de geografia possam relacionar o trabalho infantil com as diversas culturas, com questões ambientais, populacionais… O leque de opções é enorme!

Crédito: Shutterstock

Crédito: Shutterstock

Mas nem só de professor se faz escola, não é mesmo? Como envolver as famílias? Uma palestra é um caminho válido, mas talvez não seja muito atraente. Isso pode mudar se houver um convidado especial, ou que tal a apresentação de uma esquete teatral, seguida de um pequeno debate? Com certeza os pais gostarão de ver seus filhos atuando. Se a turma for mais tímida, podem gravar um pequeno filme sobre o tema, utilizando os seus celulares. Pode ser um filminho, contando uma história fictícia, ou algo mais com cara de documentário, com entrevistas e depoimentos, por exemplo.

A família também poderá acompanhar seus filhos em uma passeata, ou uma caminhada contra o trabalho infantil. Quem sabe com distribuição de panfletos, com faixas, ou um carro de som. Vamos falar, nos próximos textos, sobre uma experiência deste tipo, chamada “Caravana Contra o Trabalho Infantil”. Se a passeata, como movimento presencial não for possível neste momento, que tal a manifestação online? Um twitaço, por exemplo. Você educador, não sabe o que é isso? Fique tranquilo… Seus estudantes saberão o que é e como fazer. E isso nos leva a um ponto fundamental: a participação efetiva dos estudantes.

Se professores e pais podem atuar juntos, o mesmo vale para os estudantes, obviamente, afinal: eles são o foco, o motivo da existência da escola, e seu objetivo maior! E neste caso, nos tempos de hoje, temos que falar de uma palavra essencial… Quase mágica: protagonismo. Estudantes, sejam eles crianças, adolescentes, jovens ou adultos, devem ser os protagonistas das ações, se envolvendo em todas as etapas. Da concepção até a realização e avaliação dos resultados.

Vimos que várias são as possibilidades, vários os públicos envolvidos, e também as etapas a serem seguidas. Que tal juntar tudo isso, de forma organizada, em um projetinho? Não se assuste… Um projeto pode ser algo simples, possível de realizar e representar uma ferramenta importante. Ele será um facilitador, e não um dificultador. Falaremos também sobre isso.

Como vimos, teremos muito assunto pela frente! Nossa próxima coluna sai dia 12 de junho, Dia Internacional de Combate ao Trabalho Infantil. Sobre o que você gostaria de ler? Dê suas sugestões ou nos conte suas experiências. Participe conosco e até o próximo texto!

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