07/10/2016|

Por Cecilia Garcia

 

Os anos que abarcam a primeira infância – período que varia em cada país, e que no Brasil é de 0 aos 6 anos de idade – sempre foram estereotipados como anos do vazio. O bebê e a criança eram vistos como receptáculo para saberes que provinham de fora, sem autonomia nem capacidade de aprender sozinhos. São recentes as pesquisas que enxergam a primeira infância como uma fase de vital importância para o desenvolvimento do ser humano. É na descoberta, na observação e na experimentação que a criança aprende as aptidões necessárias para lidar com o mundo externo e ampliar a percepção de si mesma.

A fim de que esse desenvolvimento aconteça de maneira plena, a criança deve estar resguardada, gozando de todos os direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Para discutir como o estado de São Paulo tem olhado para a primeira infância, a Escola Paulista de Magistratura (EPM), a Coordenadoria da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o projeto Prioridade Absoluta do Instituto Alana e a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal convidam para o seminário Primeira Infância no Estado de São Paulo: O Papel do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente.

Rede de atendimento

Voltado para diversos atores da rede de atendimento à criança e ao adolescente, e também para interessados na temática, o seminário acontecerá no dia 21 de outubro, no Auditório do Edifício dos Gabinetes do Direito Público, localizado na Avenida Ipiranga, 165, em São Paulo. A programação inclui diálogos sobre os lugares do magistrado na proteção da primeira infância, como o Sistema de Garantia de Direitos pode fortalecer o diálogo sobre a importância de resguardar essa fase, além da fala de projetos como o Prioridade Absoluta, que advoga para que o cuidado à infância seja prioritário em políticas públicas.

Também será exibido o documentário O Começo da Vida. Com direção de Estela Renner, o filme é uma investigação profunda e delicada sobre os mistérios da primeira infância. Neurocientistas, pedagogos e pesquisadores da área têm suas falas intercaladas por relatos de pais e mães, dialogando e divagando sobre o aprendizado nessa fase e o que necessário ser feito por parte da sociedade para que ela seja protegida.

Os que cursarem o seminário presencial ou digitalmente terão direito a um certificado de comprovação do curso. Para mais informações sobre inscrições ou programação, a Coordenadoria da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo está à disposição nos telefones (11) 2171-4801 e 2171-6425.