publicado dia 07/06/2018
Os desafios da Educação Inclusiva
por Débora Garofalo
publicado dia 07/06/2018
por Débora Garofalo
07/06/2018|
A Educação Inclusiva compreende a escola como um espaço para todos, favorecendo a diversidade na medida em que visa a acolher as diferenças. Mas será que é assim mesmo que ocorre em todas as escolas?!
Sabemos que o tema ainda é muito delicado na educação por conter diversas fragilidades, tais como: salas com muitos alunos, ausência de funcionários e formação docente. Há necessidades que interferem de maneira significativa no processo de aprendizagem e que exigem uma atitude educativa específica da escola, como utilização de recursos e apoio especializado para garantir a aprendizagem de todos.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada em 1948, traz a consagração dos direitos universais. Abaixo aponto alguns trechos do artigo 26 que se referem à educação.
1º “Toda pessoa tem direito à educação”.
2º “A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do homem e das diferentes liberdades fundamentais. A educação deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos”.
Já o Plano Nacional de Educação estabelece metas e propostas inclusivas, pelas quais normatiza o Atendimento Educacional Especializado (AEE) e orienta alunos e docentes quanto à sua utilização nas turmas comuns do ensino regular, considerando educando com deficiência (intelectual, física, auditiva, visual e múltipla), transtorno global do desenvolvimento (TGD) e altas habilidades.
O documento deixa claro o papel da educação enquanto direito e meio essencial para que todos os outros direitos se concretizem. Porém, por diferentes motivos, esta não é uma tarefa fácil, em que a escola detém um papel essencial: o de fomentar espaços e proporcionar uma inclusão, convivendo com todas as diversidades e, indo além, propiciando trabalhos pedagógicos que tratem da educação inclusiva.
E como trabalhar esse assunto na escola? Abordaremos aqui alguns caminhos que podem ser seguidos para uma transformação na educação e um acolhimento da diversidade.
A escola necessita diversificar o currículo, trazendo artigos, vídeos, textos e músicas que abordem as experiências e as aprendizagens em inclusão, como debates sobre culturas, povos, raças e as diferentes necessidades especiais.
Abrir espaços para que alunos, comunidade, familiares, professores e funcionários possam conversar sobre a diversidade, valorizando convívio, interação, cooperação e respeito mútuo.
É necessário o fortalecimento de formação dos professores, buscando criar uma rede de apoio entre educação e saúde, não vendo o aluno como única responsabilidade do professor, e sim de todos.
Atualmente existe uma série de programas que facilitam a inclusão de alunos com necessidades especiais. Entre eles podemos citar: teclado virtual que pode ser utilizado na tela com auxilio de uma caneta; head mouse, que capta a imagem e pode ser acionado com um movimento e um piscar de olhos; Dosvok, o qual realiza a leitura de programas, entre outros.
A inclusão deve garantir a todas as crianças e a todos os jovens o acesso à aprendizagem por meio de possibilidades de desenvolvimento. Algumas são passíveis de serem realizadas pelo Conselho de Escola e pela APM, como mudanças na estruturação física das escolas, com a eliminação das barreiras arquitetônicas e a criação de espaços acolhedores de aprendizagem.
É necessário flexibilizar o currículo, adaptando-o às necessidades e realidades de cada estudante. Sabemos que não é uma tarefa fácil, principalmente quando faltam recursos, mas é um passo essencial na construção de aprendizagem destes alunos.
Preservar a diversidade no contexto escolar representa uma oportunidade para o atendimento das necessidades educacionais, com ênfase nas competências e habilidades dos estudantes, incentivando uma pedagógica humanizadora que desenvolve capacidades interpessoais.
A educação inclusiva é um caminho para contemplar a diversidade mediante a construção de uma escola que ofereça propostas e que atenda às reais necessidades de cada um, criando espaços de convivência. São muitos os desafios a serem enfrentados, mas as iniciativas e as alternativas realizadas pelos professores são fundamentais a este processo.
E você, querido professor, como trabalha com a educação inclusiva em sua escola? Conte aqui nos comentários.
Um abraço