28/01/2019|
Por Roberta Tasselli
Localizado na Vila Mariana, zona sul da cidade de São Paulo, o Shopping Metrô Santa Cruz lança uma nova estratégia voltada para a prevenção e erradicação do trabalho infantil. Desenvolvida em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo (SMADS) e a Rede Peteca – Chega de Trabalho Infantil, a iniciativa consiste em disponibilizar uma equipe social do próprio shopping para realizar a abordagem de crianças e adolescentes em situação de violação de direitos. Paralelamente, será realizada uma campanha de comunicação tendo como público-alvo consumidores e lojistas.
A iniciativa
O Shopping Metrô Santa Cruz contratou uma equipe social especializada responsável por abordar as crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil.
Formada por orientador socioeducativo, assistente social e pedagogo, essa equipe preenche a mesma ficha utilizada pelos orientadores sociais da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social durante a abordagem de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil, nas ruas. Em seguida, as informações são encaminhadas para a Supervisão de Assistência Social da Vila Mariana onde a equipe do Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS, fará sua inclusão nas políticas de proteção social existentes – Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, Programas de Transferência de Renda, Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família ou Serviço de Proteção e Atendimento Especializado à Família, dentre outros.
Além disso, peças de comunicação, como cartilhas e banners, foram espalhadas pelo Shopping alertando sobre os riscos do trabalho infantil e sobre como lojistas e consumidores podem contribuir com sua prevenção e erradicação. O objetivo da ação é que, uma vez atendidas pelos equipamentos da Assistência Social, as crianças abandonem o trabalho, tendo tempo e condições de viver uma plena infância.
Em relação aos adolescentes, o propósito é que aqueles que se encontram abaixo da idade mínima permitida para a entrada no mercado, ou seja, 14 anos, apenas na condição de aprendiz, também deixem de trabalhar. Quanto aos adolescentes com 14 anos ou mais, a campanha chama a atenção das marcas e dos lojistas para o fato de que eles podem ser contratados como aprendizes, uma forma de começar a vida profissional de forma protegida.
A ação é um convite a toda a comunidade, lojistas e frequentadores, juntamente ao governo e à sociedade civil, na promoção de um presente e de um futuro mais justos para crianças e adolescentes.