29/05/2019|
Por Bruna Ribeiro
O Projeto Chega de Trabalho Infantil realizou, no dia 28, o primeiro encontro do Ciclo de Formações sobre Trabalho Infantil, na Sociedade Santos Mártires, Jardim Ângela. O distrito, no extremo sul de São Paulo, está entre aqueles com maior situação de vulnerabilidade de crianças e adolescentes na cidade.
Com a facilitação de Ana Paula Galdeano e João Aquino, a roda de conversa teve como tema a “História da Infância”. Participaram cerca de 30 profissionais de diversas áreas do Sistema de Garantia de Direitos, como assistência social, Conselho Tutelar, educação e saúde.
Na abertura do evento, todos os participantes se apresentaram por meio de uma dinâmica. Posicionados em roda, os profissionais falavam seus nomes e onde trabalhavam. Ao desenrolarem um barbante e passarem o rolo de mão em mão, formaram uma grande rede, simbolizando a importância da conexão entre todos os atores do Sistema de Garantia de Direitos.
A mesma ideia foi reforçada pela formadora Ana Paula depois da apresentação. “A rede que construímos aqui representa os vários setores da política, os vários equipamentos que juntos podem atuar na área da erradicação do trabalho infantil“, disse.
Como foi a formação sobre trabalho infantil
Na primeira metade do evento, os participantes se dividiram em grupos com profissionais de várias áreas diferentes, de modo que pudessem trocar experiências. Eles debateram a partir da pergunta norteadora “o que é infância?”. A discussão resultou em apresentações de cada grupo e reflexões a respeito dos temas que iam surgindo.
Após o intervalo para um café, foi exibido o documentário Tarja Branca, que abordou a importância do brincar para o desenvolvimento infantil. Para finalizar o encontro, Ana Paula e João Aquino apresentaram uma linha do tempo com diversas concepções sobre o significado da infância ao longo da história.
Calendário
A primeira formação foi dividida em duas oficinas. A segunda delas será no dia 4 de junho. Em 26 de julho e 6 de agosto, será momento de falar sobre os Direitos de Crianças e Adolescentes. Em 24 de setembro e 1 de outubro, será discutido mais detalhadamente o que é trabalho infantil e as principais políticas públicas para enfrentá-lo. Por fim, em 26 de novembro e 3 de dezembro, o grupo irá refletir sobre como desenvolver mecanismos de monitoramento, controle social e fiscalização.
As primeiras formações são voltadas exclusivamente para profissionais que atuam no distrito do Jardim Ângela, mas o objetivo é que as metodologias desenvolvidas possam ser replicadas em outros territórios e outras cidades brasileiras.